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Foto do escritorHeitor G. Fagundes

Como a teimosia quase acabou com meu casamento.

Fazia tempo que a chama do meu casamento estava mais para brasa prestes a se apagar. As brigas, antes raras, se tornaram frequentes, e o silêncio, antes cúmplice, agora era carregado de ressentimento. Aos 40 anos, me vi encurralado em uma crise que ameaçava destruir tudo que eu havia construído com a minha esposa.


A obstinação, disfarçada de "ter razão", era meu escudo. Eu me agarrava às minhas convicções como se fossem a única verdade, ignorando os sentimentos da minha parceira. O orgulho, meu fiel escudeiro, me impedia de enxergar meus erros, sempre pronto a apontar as falhas dela. E o medo, ah, o medo... esse era o fantasma que assombrava meus pensamentos. Medo de perder o controle, de ser vulnerável, de admitir que eu estava errado.


A reviravolta aconteceu de forma inesperada. Em um dia comum, navegando pela internet, me deparei com um artigo sobre uma palestra intitulada "Obstinação, Orgulho e Medo". A princípio, ignorei. Que título mais melodramático, pensei. Mas algo me instigou a ler. E foi como se as palavras tivessem sido escritas para mim.


O texto explicava como esses três atributos, presentes em todos nós, agem como barreiras para a felicidade e a libertação pessoal.


A obstinação, ou teimosia, é a vontade do ego, que é cego para as consequências de seus desejos. O orgulho nos coloca em um pedestal imaginário, nos afastando do próximo. E o medo, consequência inevitável da obstinação e do orgulho, nos aprisiona em um ciclo de inseguranças.


A palestra me fez enxergar a dinâmica tóxica que eu havia criado no meu casamento. Minha teimosia em "vencer" as discussões me impedia de ouvir a minha esposa. Meu orgulho me cegava para as minhas próprias falhas, me fazendo responsabilizá-la pela minha infelicidade. E o medo me impedia de me abrir, de ser sincero com ela e comigo mesmo.


Decidi mudar. Comecei a prestar atenção nos meus sentimentos, a questionar minhas certezas, a reconhecer a validade da perspectiva da minha esposa. Foi um processo difícil, mas libertador. A cada passo que eu dava em direção à humildade, à empatia e à sinceridade, a brasa do meu casamento reacendia, transformando-se em uma chama cada vez mais forte.


Hoje, o silêncio em meu lar é tranquilo, e as brigas se transformaram em conversas. Aprendi que o amor verdadeiro não se baseia em ter razão, mas em construir juntos, com respeito e compreensão. E a palestra, que a princípio me pareceu piegas, se tornou um guia para a reconstrução do meu casamento e da minha felicidade.



História escrita baseada no conhecimento da realidade de muitos casamentos atualmente e no conteúdo da palestra 030 do Pathwork®. Todas as palestras estão disponíveis em www.vhterapias.com.br/pathwork.

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